quinta-feira, 13 de outubro de 2011

HOMENAGEM AO DIA DAS CRIANÇAS - A ESPERA DOS PAIS

A dama da alta sociedade costumava desfilar em sua carruagem de luxo pelas ruas de São Francisco, sobre olhares de admiração e inveja. Um dia, os jornais publicaram o falecimento de uma tia, e ela obedecendo às convenções sociais teve que permanecer no lar por uma semana. Indignada por ter que ficar sete dias dentro do enorme palácio, buscou o marido então governador do estado. E este a fez lembrar-se que poderia passar uns dias brincando com o filho, ela gostou da idéia e adentrou a ala esquerda do palácio que tinha sido liberado para o príncipe, que vivia rodeado por profissionais de diversas nacionalidades, a fim de lhe ensinar os idiomas e costumes de outros povos. Quando o pequeno Lílian avistou a mãe, exaltou de felicidade, e lhe perguntou por que ela estava ali naquele dia e horas não habituais, ela lhe contou o motivo, e ele feliz, lhe perguntou quantas tias ainda restavam. Lílian estava tocando o piano uma balada que aprendera com sua babá francesa. A mãe impressionada ficou ouvindo por alguns instantes aquela melodia que espalha pelo ar, acordes melancólicos. Pediu ao filho que a cantasse, ele cantou, pediu que a traduzisse, ele traduziu. Era a historia de um menino que ia diariamente até a praia com a mãe, onde ambos ficavam olhando o pai desaparecer na linha do horizonte em seu barco pesqueiro. Todos os dias as cenas se repetiam, até que um dia o barco não mais retornou. A mãe disse ao filho que a esperasse ali, pois, ia esperar o marido, adentrou o mar e de lá não mais voltou. E, o filho ficou esperando na praia o pai e a mãe que jamais retornaram. A balada comoveu a grande dama, falou ao filho que era muito triste, ele respondeu que cantava porque se identificava com o menino da praia. A mãe não entendeu em que consistia a semelhança, e falou ao filho, você tem tudo, não lhe falta nada, tem mão e pai, e é herdeiro de um dos homens mais importante deste estado. Lílian respondeu com um ar de tristeza, papai adentrou a muitos anos no mar dos negócios e nunca eu posso ver. Você o seguiu e eu fiquei a espera de um retorno que nunca acontece. Como você pode perceber, minha historia é muito semelhante a do menino solitário da praia. Daquele dia em diante, a dama passou a conviver mais com o filho de onze anos, conheceu-o o melhor e aprendeu a amá-lo. O carinho e os afagos maternos deram a Lílian um brilho novo, por algum tempo, a vida lhes permitiu desfrutar da alegria do afeto mutuo, das experiências vividas, uma em companhia do outro. Fizeram uma longa viagem de navio, e, Lílian adoeceu. A mãe fez tudo o que podia para salvar-lhes a vida, mas foi tudo em vão. O navio retornou e Lílian não pode mais contemplar a mãe com os olhos físicos. Todavia, aquele breve tempo de convívio, o menino ensinou a mãe outros valores. Ela construiu orfanatos e outras obras sociais para assistência a comunidade carente. Lílian não herdou a fortuna dos pais, mas a fortuna rede frutos até hoje, junto à sociedade daquele estado. Dentre elas, a Universidade Stan Foor. Não há motivos que justifique o abandono dos filhos por parte dos pais. Não há filhos que aceite de boa vontade e em sam-consciência. Trocar o afeto dos pais por qualquer outro tesouro. Pensemos nisso!.. (autor desconhecido)

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